terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Os óculos


          Depois de um tempo sem ir ao oftalmologista, chazan: visita surpresa! A surpresa foi toda minha ao levar uma bronca daquelas da médica. O motivo? PA-LHA-ÇA-DA, segundo minha irmã. Mas, leia-se: resistência ao uso de óculos. Resumo da ópera?  Já para a ótica!
        Após experimentar "trocentos" óculos, escolhi os felizardos. Dias depois me deparo com os benditos. Observo, experimento e penso. Pensa em que, cara pálida? No quanto tem de mim neles: discrição é palavra de ordem, quer dizer, só aparentemente. Mas por dentro, gritante.  Exatamente como a dona: aparentemente discreta, quieta, mas interiormente, intrépida.
        Óculos ecoam não só a nossa dificuldade, vão além: mostram nossa personalidade. Servem não apenas para que possamos ler, mas para que sejamos lidos também. Teoria de fundo de quintal - você pode pensar - mas, quem usa óculos, comigo há de concordar!


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Esquece!


        Já aconteceu comigo, com a Cláudia, com a Maria e com a torcida do Flamengo: esquece! Essa palavrinha mágica que insistem em dizer num momento de estresse. O bonito olhou pra primeira loirinha que cruzou seu caminho: esquece. A nota vermelha tirada na prova no final do semestre: esquece. A bola fora de uma amiga que você tanto confiava: esquece.
        Imploramos aos céus que nos ajude a por em prática esse conselho. Mas, a fraqueza se impõe para o nosso desespero. Basta um dia, um mês, um ano e adivinhe só? Seu pedido foi respondido. Tudo o que você precisava aconteceu: você "esqueceu". Até que um belo dia algo ou alguém nos remete ao que estava dado por encerrado. Pulso firme nesta altura? Esquece! 


Texto por: Luzia Farias